domingo, 26 de julho de 2009

Avaliando o meu portfólio!

Inicialmente, assim como tinha comentado na primeira socialização, achei a proposta “o fim”. Desesperei-me, chorei, pensei em desistir da disciplina, enfim foi uma reação caótica! Mas como a gente não está na faculdade pra fazer somente aquilo que sabe, ao conversar com as colegas de turma, com meus pais, cheguei a conclusão de que seria um novo desafio, uma nova experiência, um algo que talvez pudesse me fazer crescer um pouco mais. Dito e feito!
Hoje estou aqui pra contar para os meus leitores que foi extraordinária essa jornada! Conheci alguém que elaborou e acreditou que seria possível esta proposta, o professor Ivan. Ele nos fez saber que o novo pode ser interessante, pode ser produtivo, que pode acontecer, basta que saiamos do comodismo da falta de auto-estima, da falta de acreditar no próprio potencial e façamos acontecer!
Claro, que tive algumas falhas quanto aos descritores de avaliação. A questão dos prazos algumas vezes por acúmulo de atividades da própria faculdade e externos, fizeram com que ocorressem atrasos sim. Quanto às construções textuais, me sentia muito pequena ainda, talvez não fossem como eu esperava isso me deixava angustiada. Porém de todas as falhas me vi crescer muito.
Consegui montar o blog, mesmo simples, ele existe e está aqui! É uma realidade e por menores que sejam as minhas produções, elas são minhas, isso é o que me surpreende! Amei colocar vídeos e imagens, textos reflexivos, músicas, na verdade me encantei com as possibilidades e recursos que tinha nas mãos. Acho até que fui muito individualista, escrevi muito para que eu entendesse, intuitivamente, mas claro busquei cumprir com o meu propósito específico, me permiti auto-avaliar e registrei aquilo que era relevante pra mim.
Nossa! Hoje vejo que cresci! Depois dessa experiência, fica um sentimento de que não existe nada que seja impossível dentro da faculdade. Até tenho idéia de aprimorar esse aprendizado em outras disciplinas como forma de guardar e construir uma ideologia, afinal, vem a monografia aí, e quando menos esperar é hora de escrever aquilo que ficou. E o blog, pode ser essencial nisso. Nele consigo elaborar com mais facilidade um pensamento.
Depois desta reflexão, não posso negar que foi um equívoco da minha parte pensar e sentir tanto desespero como relatei ao iniciar este texto. Faria tudo de novo! Penso que agora com mais confiança e mais resultados. Quanto ao item 4 dos propósitos gerais: “Vivenciar a avaliação formativa como princípio teórico/prático para o trabalho pedagógico do professor e dos graduandos de modo a propiciar uma atuação conjunta para promover as aprendizagens”, está mais do que comprovado que funciona e é “um tiro certeiro” para quem quer mostrar na prática aquilo que se aprende!
Interessante que a família da gente acaba entrando nas nossas dificuldades, minha mãe é exemplo disso. Ela também é pedagoga e gestora de uma escola, e por ver o resultado deste trabalho já pensou até em montar um blog para construir uma reflexão sobre o currículo na prática dentro da escola em que ela atua!
Esta é mais uma comprovação de que o Blog como procedimento de avaliação formativa, dá muito certo!

Satisfeita com a minha produção, dispeço-me dos meus leitores!
Por apenas algum tempo!
Daiani Cerqueira



E para não perder a prática... aí vai mais um dos vídeos que assisti...

sábado, 25 de julho de 2009

O currículo: produção dos professores!

Já deu para perceber que gosto muito de aprender a partir de uma reflexão, uma música, um vídeo, e este texto "O Currículo modelado pelos professores", me fez pensar muito naquilo que eu faria se tivesse a oportunidade de construir um currículo.

Suponho que diante de tudo o que vimos desde o princípio, não se pode negar a certa autonomia que todos os professores possuem, "ninguém" vai monitorar todo o período que este estará em contato com o aluno.

É preciso estar bem resolvido com seu próprio interior, para conseguir pensar no outro. Então, primeiro o eu preciso saber onde estou, pra que estou, o que eu tenho nas mãos para ser quem sou, e aí sim começar a pensar, independente das circunstâncias se boas ou ruins, as possibilidades de estímulo para que aconteça a aprendizagem e a formação em um ser!


Lendo este texto, pude me perceber:


Estar vivo é estar em conflito permanente,
produzindo dúvidas, certezas questionáveis.
Estar vivo é assumir a Educação do sonho do cotidiano.
Para permanecer vivo, educando a paixão,
desejos de vida e morte, é preciso educar o medo e a coragem.

Medo e coragem em ousar.
Medo e coragem em romper com o velho.
Medo e coragem em assumir a solidão de ser diferente.
Medo e coragem em construir o novo.
Medo e coragem em assumir a educação deste drama, cujos personagens
são nossos desejos de vida e morte.

Educar a paixão (de vida e morte) é lidar com esses dois ingredientes, cotidianamente,
através da nossa capacidade, força vital (que todo ser humano possui, uns mais,
outros menos, em outros anestesiada) e desejar, sonhar, imaginar, criar.

Somos sujeitos porque desejamos, sonhamos, imaginamos e criamos, na busca permanente
da alegria, da esperança, do fortalecimento da liberdade, de uma sociedade mais justa,
da felicidade a que todos temos direito.
Este é o drama de permanecermos vivos... fazendo Educação.

(Madalena Freire)



Para pensar... um pouco mais...


segunda-feira, 29 de junho de 2009

O Currículo Apresentado aos Professores

GIMENO SACRISTÁN, JG. O currículo: uma reflexão sobre a prática. 3° ed, Porto Alegre: Artmed, 2000.


Lendo o texto e discutindo em sala de aula, achei tocante o item "d" da página 149 que diz:

"As condições nas quais se realiza o trabalho dos professores não são em geral as mais adequadas para desenvolver sua iniciativa profissional. O número de alunos a ser atendidos, as facetas diferentes que o professor deve preencher: a atenção aos alunos, a correção de trabalhos, a burocracia que origina sua própria atividade, etc. são atividades que se somam à estrita tarefa de ensinar e de planejar o ensino. De fato, não se pondera com a importância necessária a fase de programação prévia do que se vai realizar durante o período de tempo escolar".



Assistindo alguns vídeos na internet, não pude deixar de prestar atenção neste acima. Nossa! Nunca tinha lido essas onze razões que realmente se fazem implícitas em alguns contextos escolares, principalmente os de origem público.

Refletindo sobre aquilo que discutimos e este vídeo tentei encontrar o motivo pelo qual isso ocorre sem que as vezes percebamos. Será que o currículo mal explorado pelos docentes, geram essas afirmativas de Bill Gates?

Pensando e repensando... me entristeci! Pois sei que são inúmeros motivos!

Mas o que mais me surpreende é que se todas as escolas dedicassem um tempo para refletirem a fundo o que realmente será importante para que os alunos sejam verdadeiros conhecedores, nós não teríamos tantos fracassos principalmente oriundos das escolas públicas.
Atitudes, perspectivas, atividades, diálogo, a proposta, são imprescindíveis ações que não são discutidas, não são questionadas.
Uma vez ouvi dizer assim: "não se importa com esse menino (aluno do 1°ano), ano que vem ele será transferido"!
Hoje consigo compreender o porque daquela fala. As pessoas estão condicionadas a terem a escola como algo muito pequeno e sem valor para alguns alunos.

É preciso repensar o que estamos buscando transformar enquanto graduandos que serão futuros docentes, orientadores, gestores...Graduados...

Será que estamos na universidade por oportunidade como no vídeo, escolhemos o nosso curso por menos concorrência no vestibular, estamos aqui para irmos depois de formados para as escolas aceitarmos um currículo pronto e repassá-lo...?

Essa reflexão... dói!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Os conteúdos do ensino ou uma análise prática?

O nosso limite nos faz conhecer quem somos!

Drama: Crash - No Limite (2004)

Por: Rubens Ewald Filho


"Crash" ganhou inesperadamente o Oscar 2006 de melhor filme (a Academia acabou se revelando mais conservadora do que as indicações prometiam; "Brokeback Mountain" era o favorito). O filme ganhou também o Oscar de roteiro original e edição, fazendo com que Paul Haggis, diretor e roteirista, se tornasse o primeiro escritor a ganhar dois anos seguidos como melhor filme, já que também escreveu "Menina de Ouro".

Agora em DVD no Brasil, é o momento de descobrir este filme modesto que já havia sido adotado pelos habitantes de Los Angeles. A atração principal de "Crash" é a presença de um elenco famoso, já que foi co-produzido por Sandra Bullock e Don Cheadle.

A idéia do titulo é muito boa. Em Los Angeles, ninguém anda a pé, todos têm carro. Por causa disso, nunca se tocam, se abraçam, se apegam. E a única forma de comunicação direta entre os seres humanos acabam sendo as batidas de carros, justamente esses "crashes", que seriam por vezes propositais, claro que de forma inconsciente.

Além disso, Los Angeles é um cidade complicada como estrutura social, já que se trata de uma série de pequenos municípios interligados por auto-estradas, com bairros muito pobres que convivem de perto com outros mais ricos.

O roteiro mistura vários personagens e histórias, de classes sociais diferentes, com a presença muito freqüente da polícia, outro fenômeno da cidade. Não é uma fórmula nova, já que houve muitos filmes nessa linha (como "Magnólia" e os de Robert Altman), com tramas paralelas que num determinado momento se cruzam. Mas sempre os estereótipos de cada raça ou profissão interferem no julgamento e comportamento de todos.

Entre eles, há um detetive negro com uma mãe drogada e um irmão mais novo ladrão; dois ladrões de carro que vivem teorizando sobre a vida e a sociedade; o promotor público (Brendon Fraser) e sua mulher perua (Sandra Bullock) que são assaltados por dois negros; o policial veterano e racista que cuida do pai doente em casa (Matt Dillon); seu parceiro mais jovem e idealista (Ryan Philippe); um bem-sucedido diretor negro de TV e sua mulher que tem problemas com esse policial racista; um imigrante persa que compra uma arma para proteger sua loja; um latino e sua filha que tem medo de balas etc e tal.

Basicamente o filme é um ataque frontal ao racismo, oculto ou dissimulado, uma forma moderna e ainda pouco discutida no cinema. Talvez por isso que "Crash", que parece local demais, ganhe mais importância, porque a carapuça bem que pode servir a várias cidades. É um painel de uma sociedade, tão distante e tão próxima da gente.

Vencedor do Grande Prêmio do Festival de Deauville na França (para o cinema independente norte-americano), o roteiro surgiu quando Haagis teve seu carro roubado (e a casa da família Cabot no filme é onde o diretor mora). As filmagens foram interrompidas quando o diretor teve um grave infarto.
http://cinema.uol.com.br/dvd/crash-no-limite-2004.jhtm





Tradução da Música do vídeo

Run (tradução)
Leona Lewis


Correr

Eu cantarei
Pela última vez para você
Depois nós precisamos mesmo ir embora
Você foi a única coisa
Que foi certa
De tudo que eu já fiz

E mal posso te encarar
Mas todo vez que eu faço
Eu sei que faremos em qualquer lugar
Bem longe daqui

Acenda a luz, acenda a luz
Como se você tivesse escolha
Mesmo se você não puder ouvir minha voz
Estarei ao seu lado, querido

Pensar que
Posso não ver esses olhos
Me dá uma enorme vontade de chorar
E como nós dissemos
Nosso longo adeus
Está próximo

Acenda a luz, acenda a luz
Como se você tivesse escolha
Mesmo se você não puder ouvir minha voz
Estarei ao seu lado, querido

Mais alto, mais alto
E nós correremos para nossas vidas
Mal posso falar mas eu entendo
Por que você
Não pode levantar sua voz para falar

Currículo - Projeto Maior da Escola

Esperando o resultado de análise do trabalho coletivo feito com base neste texto.

GOODSON, Ivor F. Currículo: Teoria e História. 7Ed. Trad. Hamilton Francischetti. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995. (P. 16 - 28)

domingo, 7 de junho de 2009

Eu aposto sim!

Este texto é de José Carlos Libâneo, li para a aula do dia 07 de abril. Este me trouxe motivações para rever minhas práticas docentes. Pude acompanhar o autor com suas suspeitas e apostas relacionadas ao papel da escola e dos professores na produção de saberes. Foi a partir das perguntas iniciais do autor que iniciei uma auto-crítica sobre a minha postura enquanto “ponte” para a produção dos saberes dentro da minha sala de aula, local onde "eu" sou extremamente responsável pela formação intelectual de pessoas. Perguntas como:

- A escola em que atuo vêm produzindo saberes? Em que condições? Em que qualidades? Eu posso ir além dos meus saberes de experiência? Em que condições reais e não utópicas eu estou produzindo saber? Os meus saberes têm feito os meus alunos crescerem intelectualmente? Os meus alunos serão autônomos para produzir saberes após o período de escolarização?
Eis aí as questões que me fizeram me auto-avaliar e replanejar.

Quanto as suspeitas pude resumí-las em:

1. Quanto mais se fala em qualidade de ensino, tanto na linguagem oficial quanto na linguagem dos educadores e da crítica, mais parece se ampliar a fragilidade das aprendizagens, mais se perde a qualidade cognitiva das aprendizagens.
* Quanto mais se modifica o modo pelo qual se organiza a ação pedagógica mais se perde o foco, o real objetivo da escola.

2. A qualidade das aprendizagens dos alunos depende da qualidade do desempenho profissional dos professores e essa qualidade, no geral, tem sido extremamente precária.
* Será que os alunos tem baixo rendimento porque os professores são “mal formados”?

3. Os professores desconfiam da eficácia da produção acadêmica sobre seu próprio trabalho.
* A teoria é linda mais a aplicação, pedagógico-didática, ou seja, a prática ainda se discute insatisfatoriamente.

4. Boa parte dos professores formadores de professores desconhece a necessidade de que suas disciplinas se convertam em saberes pedagógicos, ou se recusam a isso, pelo que formulam conteúdos distanciados dos problemas concretos das salas de aula.
* Mais uma vez a teoria em foco e pouca discussão da verdadeira realidade do cotidiano do professor em seu espaço de ensino, a sala de aula.

5. Os grandes estudos sobre a formação de professores, raras exceções, ainda não conseguiram a garantia de resultados de excelência na aprendizagem dos alunos.
* Muita discussão e pouco resultado.

6. As recentes teorizações sobre a formação de professores talvez não estejam dando a devida importância a alguns ingredientes da realidade institucional e social das escolas brasileiras.
* Condições de base para compor os requisitos indispensáveis para a introdução de práticas de reflexividade no contexto das ações práticas.

7. A desconsideração ou secundariazação dos conteúdos, a posição de antinomia entre processos educativos e resultados de desempenho, a flexibilização da avaliação escolar, a promoção automática, podem estar contribuindo para manter a exclusão social.
* Medidas não progressistas e sim de conformidade e o famoso “jeitinho brasileiro”.

8. Pensar no que é avançado ou ultrapassado seria uma forma de melhora os resultados dos alunos?
* Perde-se muito tempo em escolher aquilo que é atualizado e se extermina aquilo que deu e continua dando certo para a formação desses sujeitos submetidos à escolarização.

Quanto as apostas...

A verdade é que cada um de nós apostamos na educação de formas diferentes e mais variadas. Estar aqui escrevendo essas linhas, já é uma aposta que faço na minha formação, acreditando que poderei produzir saberes mais concretos e verdadeiros a partir dessas construções.

Para refletirmos mais, escolhi esse vídeo no youtube. Achei bem interessante por isso quero compartilhar.




Espero que esse vídeo traga bastante sugestões a você visitante e leitor do meu blog!