segunda-feira, 29 de junho de 2009

O Currículo Apresentado aos Professores

GIMENO SACRISTÁN, JG. O currículo: uma reflexão sobre a prática. 3° ed, Porto Alegre: Artmed, 2000.


Lendo o texto e discutindo em sala de aula, achei tocante o item "d" da página 149 que diz:

"As condições nas quais se realiza o trabalho dos professores não são em geral as mais adequadas para desenvolver sua iniciativa profissional. O número de alunos a ser atendidos, as facetas diferentes que o professor deve preencher: a atenção aos alunos, a correção de trabalhos, a burocracia que origina sua própria atividade, etc. são atividades que se somam à estrita tarefa de ensinar e de planejar o ensino. De fato, não se pondera com a importância necessária a fase de programação prévia do que se vai realizar durante o período de tempo escolar".



Assistindo alguns vídeos na internet, não pude deixar de prestar atenção neste acima. Nossa! Nunca tinha lido essas onze razões que realmente se fazem implícitas em alguns contextos escolares, principalmente os de origem público.

Refletindo sobre aquilo que discutimos e este vídeo tentei encontrar o motivo pelo qual isso ocorre sem que as vezes percebamos. Será que o currículo mal explorado pelos docentes, geram essas afirmativas de Bill Gates?

Pensando e repensando... me entristeci! Pois sei que são inúmeros motivos!

Mas o que mais me surpreende é que se todas as escolas dedicassem um tempo para refletirem a fundo o que realmente será importante para que os alunos sejam verdadeiros conhecedores, nós não teríamos tantos fracassos principalmente oriundos das escolas públicas.
Atitudes, perspectivas, atividades, diálogo, a proposta, são imprescindíveis ações que não são discutidas, não são questionadas.
Uma vez ouvi dizer assim: "não se importa com esse menino (aluno do 1°ano), ano que vem ele será transferido"!
Hoje consigo compreender o porque daquela fala. As pessoas estão condicionadas a terem a escola como algo muito pequeno e sem valor para alguns alunos.

É preciso repensar o que estamos buscando transformar enquanto graduandos que serão futuros docentes, orientadores, gestores...Graduados...

Será que estamos na universidade por oportunidade como no vídeo, escolhemos o nosso curso por menos concorrência no vestibular, estamos aqui para irmos depois de formados para as escolas aceitarmos um currículo pronto e repassá-lo...?

Essa reflexão... dói!