domingo, 7 de junho de 2009

Eu aposto sim!

Este texto é de José Carlos Libâneo, li para a aula do dia 07 de abril. Este me trouxe motivações para rever minhas práticas docentes. Pude acompanhar o autor com suas suspeitas e apostas relacionadas ao papel da escola e dos professores na produção de saberes. Foi a partir das perguntas iniciais do autor que iniciei uma auto-crítica sobre a minha postura enquanto “ponte” para a produção dos saberes dentro da minha sala de aula, local onde "eu" sou extremamente responsável pela formação intelectual de pessoas. Perguntas como:

- A escola em que atuo vêm produzindo saberes? Em que condições? Em que qualidades? Eu posso ir além dos meus saberes de experiência? Em que condições reais e não utópicas eu estou produzindo saber? Os meus saberes têm feito os meus alunos crescerem intelectualmente? Os meus alunos serão autônomos para produzir saberes após o período de escolarização?
Eis aí as questões que me fizeram me auto-avaliar e replanejar.

Quanto as suspeitas pude resumí-las em:

1. Quanto mais se fala em qualidade de ensino, tanto na linguagem oficial quanto na linguagem dos educadores e da crítica, mais parece se ampliar a fragilidade das aprendizagens, mais se perde a qualidade cognitiva das aprendizagens.
* Quanto mais se modifica o modo pelo qual se organiza a ação pedagógica mais se perde o foco, o real objetivo da escola.

2. A qualidade das aprendizagens dos alunos depende da qualidade do desempenho profissional dos professores e essa qualidade, no geral, tem sido extremamente precária.
* Será que os alunos tem baixo rendimento porque os professores são “mal formados”?

3. Os professores desconfiam da eficácia da produção acadêmica sobre seu próprio trabalho.
* A teoria é linda mais a aplicação, pedagógico-didática, ou seja, a prática ainda se discute insatisfatoriamente.

4. Boa parte dos professores formadores de professores desconhece a necessidade de que suas disciplinas se convertam em saberes pedagógicos, ou se recusam a isso, pelo que formulam conteúdos distanciados dos problemas concretos das salas de aula.
* Mais uma vez a teoria em foco e pouca discussão da verdadeira realidade do cotidiano do professor em seu espaço de ensino, a sala de aula.

5. Os grandes estudos sobre a formação de professores, raras exceções, ainda não conseguiram a garantia de resultados de excelência na aprendizagem dos alunos.
* Muita discussão e pouco resultado.

6. As recentes teorizações sobre a formação de professores talvez não estejam dando a devida importância a alguns ingredientes da realidade institucional e social das escolas brasileiras.
* Condições de base para compor os requisitos indispensáveis para a introdução de práticas de reflexividade no contexto das ações práticas.

7. A desconsideração ou secundariazação dos conteúdos, a posição de antinomia entre processos educativos e resultados de desempenho, a flexibilização da avaliação escolar, a promoção automática, podem estar contribuindo para manter a exclusão social.
* Medidas não progressistas e sim de conformidade e o famoso “jeitinho brasileiro”.

8. Pensar no que é avançado ou ultrapassado seria uma forma de melhora os resultados dos alunos?
* Perde-se muito tempo em escolher aquilo que é atualizado e se extermina aquilo que deu e continua dando certo para a formação desses sujeitos submetidos à escolarização.

Quanto as apostas...

A verdade é que cada um de nós apostamos na educação de formas diferentes e mais variadas. Estar aqui escrevendo essas linhas, já é uma aposta que faço na minha formação, acreditando que poderei produzir saberes mais concretos e verdadeiros a partir dessas construções.

Para refletirmos mais, escolhi esse vídeo no youtube. Achei bem interessante por isso quero compartilhar.




Espero que esse vídeo traga bastante sugestões a você visitante e leitor do meu blog!

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