segunda-feira, 8 de junho de 2009

O nosso limite nos faz conhecer quem somos!

Drama: Crash - No Limite (2004)

Por: Rubens Ewald Filho


"Crash" ganhou inesperadamente o Oscar 2006 de melhor filme (a Academia acabou se revelando mais conservadora do que as indicações prometiam; "Brokeback Mountain" era o favorito). O filme ganhou também o Oscar de roteiro original e edição, fazendo com que Paul Haggis, diretor e roteirista, se tornasse o primeiro escritor a ganhar dois anos seguidos como melhor filme, já que também escreveu "Menina de Ouro".

Agora em DVD no Brasil, é o momento de descobrir este filme modesto que já havia sido adotado pelos habitantes de Los Angeles. A atração principal de "Crash" é a presença de um elenco famoso, já que foi co-produzido por Sandra Bullock e Don Cheadle.

A idéia do titulo é muito boa. Em Los Angeles, ninguém anda a pé, todos têm carro. Por causa disso, nunca se tocam, se abraçam, se apegam. E a única forma de comunicação direta entre os seres humanos acabam sendo as batidas de carros, justamente esses "crashes", que seriam por vezes propositais, claro que de forma inconsciente.

Além disso, Los Angeles é um cidade complicada como estrutura social, já que se trata de uma série de pequenos municípios interligados por auto-estradas, com bairros muito pobres que convivem de perto com outros mais ricos.

O roteiro mistura vários personagens e histórias, de classes sociais diferentes, com a presença muito freqüente da polícia, outro fenômeno da cidade. Não é uma fórmula nova, já que houve muitos filmes nessa linha (como "Magnólia" e os de Robert Altman), com tramas paralelas que num determinado momento se cruzam. Mas sempre os estereótipos de cada raça ou profissão interferem no julgamento e comportamento de todos.

Entre eles, há um detetive negro com uma mãe drogada e um irmão mais novo ladrão; dois ladrões de carro que vivem teorizando sobre a vida e a sociedade; o promotor público (Brendon Fraser) e sua mulher perua (Sandra Bullock) que são assaltados por dois negros; o policial veterano e racista que cuida do pai doente em casa (Matt Dillon); seu parceiro mais jovem e idealista (Ryan Philippe); um bem-sucedido diretor negro de TV e sua mulher que tem problemas com esse policial racista; um imigrante persa que compra uma arma para proteger sua loja; um latino e sua filha que tem medo de balas etc e tal.

Basicamente o filme é um ataque frontal ao racismo, oculto ou dissimulado, uma forma moderna e ainda pouco discutida no cinema. Talvez por isso que "Crash", que parece local demais, ganhe mais importância, porque a carapuça bem que pode servir a várias cidades. É um painel de uma sociedade, tão distante e tão próxima da gente.

Vencedor do Grande Prêmio do Festival de Deauville na França (para o cinema independente norte-americano), o roteiro surgiu quando Haagis teve seu carro roubado (e a casa da família Cabot no filme é onde o diretor mora). As filmagens foram interrompidas quando o diretor teve um grave infarto.
http://cinema.uol.com.br/dvd/crash-no-limite-2004.jhtm





Tradução da Música do vídeo

Run (tradução)
Leona Lewis


Correr

Eu cantarei
Pela última vez para você
Depois nós precisamos mesmo ir embora
Você foi a única coisa
Que foi certa
De tudo que eu já fiz

E mal posso te encarar
Mas todo vez que eu faço
Eu sei que faremos em qualquer lugar
Bem longe daqui

Acenda a luz, acenda a luz
Como se você tivesse escolha
Mesmo se você não puder ouvir minha voz
Estarei ao seu lado, querido

Pensar que
Posso não ver esses olhos
Me dá uma enorme vontade de chorar
E como nós dissemos
Nosso longo adeus
Está próximo

Acenda a luz, acenda a luz
Como se você tivesse escolha
Mesmo se você não puder ouvir minha voz
Estarei ao seu lado, querido

Mais alto, mais alto
E nós correremos para nossas vidas
Mal posso falar mas eu entendo
Por que você
Não pode levantar sua voz para falar

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